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Mitos Urbanos, Lendas & Superstições / Baobhan Sith: Lenda das Terras Altas
« Última mensagem por Lucas em 22 de Setembro de 2020, 08:57 »
É difícil descrever a terra dos Highlanders escoceses, com um adjetivo que não seja encantado: suas terras verdes brilhantes com toques de neblina cativam tanto os habitantes locais quanto os turistas e em ocasiões, as paisagens são tão irreais como se tivessem sido tiradas das mais incríveis fabulas, chegando a parecer que alguma criatura vai saltar em alguma curva do caminho.

Talvez por essa razão a Escócia seja muito famosa por seus seres sobrenaturais, entre eles as fadas, seres tradicionalmente associados à doçura e a beleza. Mas aqui não falaremos das fadas boas e de aparência gentil, mas contaremos a história de fadas que atacam para roubar a força dos homens pelos caminhos das "terras altas da Escócia".

Sith baobhan: as fadas vampiro

Chamada também de "Mulheres Brancas das Terras Altas de Escócia", as Baobhan Sith (pronuncia-se baa'-van shee) eram descritas como mulheres de grande beleza, vestidas com trajes de cor verde ou branca e que transitavam pelos caminhos em busca de seu próximo alvo: homens incautos, caçadores (sentiam-se atraídas pelo sangue que manchava as suas roupas de caça) ou viajantes.

Depois de escolher a sua presa ela a atraía a um lugar afastado e lá se alimentava, rasgando o pescoço de sua vítima com suas unhas e sugando os cortes. Acreditavam também que não apenas o sangue era o seu sustento, mas que também se alimentavam da potência sexual ou da energia vital.

Essas vampiras são diferentes do tipo de vampiro de Bram Stoker, Dracula, elas não têm presas pontiagudas que cravam no pescoço de suas vítimas. Baobban Sith, quando ataca, usa suas unhas compridas e afiadas e depois bebe o sangue das feridas abertas. Elas parecem muito comuns até o ataque, quando suas mãos delicadas se transformam em garras para sangrar suas vítimas inocentes.
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Como a maior parte das criaturas mitológicas, as Baobhan Sith  também possuíam pontos fracos: de igual forma que outras criaturas de sua natureza, as Baobhan Sith não toleravam a luz do sol, assim que suas caçadas eram sempre noturnas e após suas saídas se ocultavam em suas tumbas.

Também contavam com grandes habilidades e podiam se transformar em lobos e correr a grande velocidade, e se comunicar em qualquer idioma. Bem... na verdade, dizem que falavam telepaticamente, algo útil para engambelar as suas vítimas.
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Fora o sol, o único que temia essa fada era o ferro segundo um antigo relato: Um grupo de jovens saiu para caçar e no caminho encontraram uma cabana. Lá, os aventureiros descansaram e à noite receberam a visita de várias Baobhan Sith que atacaram os jovens.

Um só escapou, se salvando graças a sua agilidade e por ter se escondido no estábulo... e as criaturas não se aproximaram desse lugar, pois temiam às ferraduras dos cavalos. Quando o jovem voltou à cabana, encontrou os seus colegas exangues, sem uma gota de sangue em seus corpos.

Tradução/Adaptação: Rusmea & Mateus Fornazari

https://www.scotclans.com/the-baobhan-sith-the-scottish-vampire/
https://en.wikipedia.org/wiki/Baobhan_sith
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Investigação Paranormal / Vozes do Além: O Fenômeno da Voz Eletrônica
« Última mensagem por Lucas em 22 de Setembro de 2020, 08:55 »
Com o desenvolvimento de novos aparelhos e tecnologias, uma nova forma de se comunicar com os mortos surgiu, o "Fenômeno da Voz Eletrônica" (FVE) ou por suas iniciais em inglês - EVP (electronic voice phenomena), que são sons registrados em vários tipos de gravadores de áudio e interpretados com diferentes suposições, e que não necessitam da ajuda de um médium para serem capturados...

Para os que acreditam que o fenômeno transmite informações vindas de alguma dimensão invisível, esses registros aparecem como vozes masculinas, femininas e infantis, que apresentam conteúdos significativos, demonstrando uma morfologia característica em termos de timbre, tom, velocidade e modulação, além de que em inúmeras ocasiões, essas vozes transmitem coerência, significado e até mesmo, aspirações futuras em suas mensagens. Um aspecto de grande interesse nesse tema, reside no fato de que, segundo seus estudiosos, algumas vezes essas "vozes" respondem a perguntas dos operadores, levando ao diálogo entre eles. Vamos aqui seguir uma linha do tempo e mostrar a evolução da captura de voz eletrônica...

Um Mundo Novo Surge
Menção---
Quando não havia eletricidade, a forma utilizada para se comunicar com os espíritos era através de batidas, método utilizado pelas irmãs Fox, que difundiram o espiritismo ocidental. Mas esse método era demorado. Eram uma ou duas batidas para responder "sim" ou "não", mas para escrever eram várias e várias batidas, o que denotava bastante tempo.

Com o passar do tempo os métodos foram se tornando mais ágeis, principalmente com a criação da Tábua Ouija. Já falei da história da Tábua Ouija nesse vídeo.

Só que no final do século XIX grandes descobertas científicas foram feitas, o que levaria da eletricidade e a criação do rádio, a transmissão de áudio sem fio. Vários foram os que contribuíram para essa nova tecnologia e receberam em algum momento em seus aparelhos sinais inexplicáveis, que poderiam ser dos mortos, como por exemplo:

- Nikola Tesla: quem inventou a bobina de Tesla em 1891 (bobina de indução para tecnologia de rádio), diz ter recebido sinais inexplicáveis.

- Sir Oliver Lodge: O físico e vencedor do Prêmio Nobel  transmitiu sinais de rádio em 14 de agosto de 1894 em um encontro da Associação Britânica para o Avanço da Ciência na Universidade de Oxford. Ele também era um espírita fervoroso, especialmente após a morte de seu filho Raymond. Lodge declarou anos depois: "Encontraremos outro dispositivo que possa converter vibrações pouco mensuráveis ​​em sons audíveis e que as vozes dos falecidos possam ser ouvidas por nós. O mundo dos mortos também tem sua radiotelefonia, mas ainda não estamos equipados com todo o equipamento de recepção que nos daria a chance de entender esses sinais".

- Guglielmo Marconi: registrou sinais de códigos inexplicáveis ​​de origem desconhecida durante seus experimentos com telegrafia sem fio em 1895. Como naquele momento Marconi seria o único no mundo* com esse equipamento, ele sugeriu que esses sinais poderiam vir dos mortos.


Guglielmo Marconi (1896)


Thomas Edison e o "Spirit Phone"

Lá pelos anos 1920 a crença de que os espíritos dos mortos podiam ser contactados por médiuns estava bem arraigada na mentalidade da época, e as novas tecnologias daquele tempo, incluindo a fotografia, eram empregadas por espíritas em um esforço para demonstrar o contato com um mundo espiritual.

Tão populares eram essas idéias que dizem que o famoso inventor da diversas invenções, Thomas Alva Edison estaria trabalhando no "Spirit Phone", um aparelho capaz de falar com o além.

Só que isso... Nada mais é que uma "lenda urbana" que se tornou um "fato" para a maioria das pessoas do mundo da pesquisa paranormal.

Essa lenda, de que Thomas Edison estaria trabalhando em algum tipo de dispositivo que permitiria a comunicação com os mortos, foi iniciada por uma entrevista com Thomas Edison, publicada na edição de 30 de outubro de 1920 da revista Science. Ele teria sido citado como tendo dito:

"Se nossa personalidade sobrevive, é estritamente lógico e científico supor que ela retenha memória, intelecto e outras faculdades e conhecimentos que adquirimos. Portanto, se a personalidade existe após o que chamamos de morte, é razoável concluir que aqueles que abandonam a Terra gostariam de se comunicar com aqueles que deixaram aqui [...] Estou inclinado a acreditar que nossa personalidade daqui pra frente será capaz de afetar a matéria.  Se este raciocínio estiver correto, então, se pudermos desenvolver um instrumento tão delicado que seja afetado, movido ou manipulado [...] por nossa personalidade, conquanto ela sobreviva na próxima vida, tal instrumento, quando disponibilizado, deverá gravar algo [...]"

Essa citação se tornou a base das afirmações atuais de muitas propostas para se conseguir uma comunicação bidirecional com os mortos. No entanto, o fato mais importante por trás dessa entrevista foi perdido ou ignorado por aqueles que a estão usando para adicionar credibilidade as suas afirmações.

Em uma entrevista posterior, ao ser entrevistado por outra revista, Edison fez uma declaração dizendo que não podia acreditar que a história havia sido publicada e que não estava descrevendo nada em que estava trabalhando ou jamais faria. Era mais uma colocação cômica, uma piada, e não uma afirmação real sobre uma pesquisa sua.

Em 1926, Edison afirmou em um artigo do New York Times que a entrevista era uma lorota. "... eu realmente não tinha nada para contar, mas eu odiaria desapontá-lo [o repórter], então pensei nessa história sobre comunicação com espíritos, mas era tudo uma piada."

Os curadores do Parque Histórico Nacional Thomas Edison declararam: "Esta parece ser outra lorota que Edison contou a um repórter. Em 1920, Edison disse ao repórter B.F. Forbes que estava trabalhando em uma máquina que poderia entrar em contato com os espíritos dos mortos. Jornais em todo o mundo publicaram essa história. Depois de alguns anos, Edison admitiu ter inventado tudo aquilo. Hoje no Edison National Historic Park, cuidamos de mais de cinco milhões de páginas de documentos. Nenhum menciona tal experimento.".

Portanto, até onde se saiba, a resposta para a pergunta "Em que máquina Thomas Edison estava trabalhando para se comunicar com os mortos?" É... Nenhuma.


A tal máquina para conversar com os espíritos, era apenas uma piada de Thomas Edison.








Attila von Szalay

Nos anos 1930, Attila von Szalay (por vezes chamado Sealay), um fotógrafo norte-americano, tentou capturar as vozes dos espíritos através de uma variedade de técnicas. Attila von Szalay teria ouvido seu nome sendo gritado no quarto escuro onde trabalhava como fotógrafo. Suspeitando que era a voz de seu falecido filho, ele então gravou pela primeira vez algumas vozes suaves mas compreensíveis, com um "gravador de arame" em 1936 (ou 1940, ou ainda, 1941, dependendo da fonte. NDT.).

Nas décadas de 1940 e 1950 (Devido a que o arame desse gravador sempre se rompia, Von Szalay interrompeu seus experimentos até comprar um gravador magnético em 1950). Attila von Szalay junto de Raymond Bayless conduziram várias sessões de gravação com um aparelho personalizado, consistindo em um microfone em um gabinete isolado conectado a um dispositivo de gravação externo e alto-falante.

Szalay relatou ter capturado muitos sons que não podiam ser ouvidos no momento da gravação, alguns dos quais foram gravados quando não havia ninguém. Ele acreditava que esses sons eram as vozes de espíritos desencarnados.

Entre as primeiras gravações de ditas vozes espirituais, haviam mensagens como "This is G!" ("Isso é G!"), "Hot dog, Art!" ("Cachorro-quente, Arte!"), E "Merry Christmas and Happy New Year to you all" ("Feliz Natal e Feliz Ano Novo para todos vocês".),

As vozes inteligíveis das quais ele gravou, estão entre os primeiros registros de FVE, de Fenômenos de voz eletrônica. O trabalho de Von Szalay e Raymond Bayless foi publicado pelo Journal of the American Society for Psychical Research em 1959.


Attila von Szalay



Marcello Bacci: Vozes Eletroacústicas Diretas


Marcello Bacci com seu rádio de válvulas.
Em 1949, o engenheiro e pesquisador italiano Marcello Bacci ouviu vozes anômalas pela primeira vez em um rádio de válvulas. Este foi o começo de seus muitos anos de pesquisa em "Vozes Eletroacústicas Diretas" (Vozes Diretas do Rádio) com gravadores e rádios.

Segundo Alexandre Borges, o pesquisador Marcello Bacci, residente da cidade de Grosseto, Itália, foi um dos grandes pesquisadores do tema na atualidade. Marcello Bacci faleceu no dia 20 de julho de 2019, aos 92 anos.

Desde 1949, suas atividades continuaram ativas até os dias atuais, enquanto que outros grupos tiveram suas atividades paralisadas, seja porque o fenômeno cessou de se manifestar de modo tão ostensivo ou porque o principal pesquisador do grupo tenha morrido.

Marcello Bacci conseguiu obter vozes diretas, vindo dos alto-falantes de seu aparelho, e sendo audíveis no ambiente no momento da gravação. Essa categoria do fenômeno das vozes é chamada de Vozes Eletroacústicas Diretas (também conhecidas como Vozes Diretas de Rádio, quando o aparelho emissor é um rádio). Marcello Bacci usava apenas um antigo rádio de válvulas para obter os seus registros sonoros. Ele sintonizava em ondas curtas e deixava em modo de interestações (ruído branco).

Recentemente, ele foi investigado por outros pesquisadores, que desmontaram completamente seu rádio, retiraram todas as suas válvulas e averiguaram o ambiente da sala do seu Centro Psicofônico. Nenhum vestígio de truque ou subterfúgio foi encontrado dentro do rádio e nas imediações.

O mais impressionante desta investigação foi que, mesmo com todas as válvulas retiradas do rádio, o aparelho continuou emitindo as "vozes" por alguns minutos.


Marcello Bacci usa apenas um antigo rádio de válvulas.
E depois, mesmo com o rádio desligado e as válvulas ainda do lado de fora, as vozes puderam ser ouvidas saindo do alto-falante por alguns segundos. Este fato elimina, por si só, a hipótese de que seus registros de vozes sejam interferências de estações de rádio ou de radioamadores, já que o rádio estava completamente desligado.

Marcello Bacci frequentemente conseguia dialogar com as "vozes" em tempo real. Essas vozes são audíveis no ambiente e podem ser ouvidas por todos os que vão ao seu centro em busca de contatar o que elas acreditam ser os seus parentes falecidos. Suas sessões costumavam demorar muito tempo e muitos registros de vozes são longos.

Uma hipótese para explicar esse fenômeno é que Bacci seria um médium único. Ele nunca entrou em transe durante os experimentos. Além disso, ele não fazia a comunicação, mas serviria como um condutor através do rádio.

Algumas gravações de Marcello Bacci - Minuto 1:17:

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.O Fenômeno Volta as Manchetes

Em 1959, o produtor de documentários e cantor de ópera, Friedrich Jürgenson, que nas férias de verão em Estocolmo, Suécia, estando junto a Mónica, sua esposa, tentou registrar o canto dos pássaros tentilhões para realizar um documentário.

Ele dispôs para isso de um pequeno magnetofone próximo de uma floresta nos arredores de sua casa e ficou em silêncio enquanto o som dos pássaros era registrado no aparelho, fazendo várias tomadas. Decidiu ouvir as gravações dentro da casa, reproduziu a fita e, segundo ele, ao escutar comprovou que não havia erro algum.

O áudio era nítido e se ouvia com perfeição o trinar dos pássaros, mas ele comprovou que no registro em áudio aparentemente alguém imitava o trinar das aves, estragando a gravação, para logo depois, notar que a voz de alguém falando em norueguês, fazendo comentários sobre o trinar do tentilhão.
Jürgenson eliminou a gravação, pensando que alguém havia entrado dentro da zona onde ele estava, sem que ele notasse.

No dia seguinte, ele repetiu a operação, na mesma zona, tomando o cuidado de que ninguém andasse a várias dezenas de metros do aparelho, e de novo, ao reproduzir a gravação, junto como canto dos pássaros, uma nova voz foi ouvida perfeitamente, mas nessa ocasião  Jürgenson achou ter reconhecido a voz de sua falecida mãe, dizendo algo que só ele sabia: o nome carinhoso e familiar com que sua mãe o chamava. Segundo Jürgenson, na gravação se escutava algo assim:

"Friedel... meu pequeno Friedel... Pode me ouvir?".

Assim, com esses registros de FVE, começa a divulgação do fenômeno por todo o mundo. Entre os que o estudaram se destacam Konstantin Raudive..
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Konstantin Raudive: O Maior Divulgador do Fenômeno

O primeiro em prestar atenção às gravações de Jürgenson e talvez quem mais contribuiu para o tema, até o ponto de que os fenômenos de voz eletrônica também são conhecidos como Vozes de Raudive.


O livro que divulgou para o mundo o
Fenômeno da Voz Eletrônica
Konstantin Raudive um escritor e intelectual Letão e um católico romano praticante, estudou parapsicologia a vida toda e ficou especialmente interessado na possibilidade de vida após a morte.

Em 1965, Raudive encontrou-se com Jürgenson, ficaram bastante amigos e passaram a trocar informações sobre suas experiências.

Ao retornar para a Alemanha, iniciou seus experimentos em FVE e obteve bastante êxito em suas pesquisas, comunicando-se inclusive com sua falecida mãe deixando na fita magnética um carinhoso recado de nome “Kosti”, que era como habitualmente era chamado por ela em vida.

Raudive dedicou mais de dez anos de sua vida fazendo experiências sobre EVP. Com a colaboração de especialistas em eletrônica gravou mais de 72.000 “audiotapes”, a maioria estritamente sob condições de laboratório.

Ele e o parapsicólogo alemão Hans Bender investigaram o fenômeno da voz eletrônica (FVE). Raudive publicou um livro sobre o tema, "Breakthrough: An Amazing Experiment in Electronic Communication with the Dead", em 1971. Apesar de não ter sido o primeiro a gravar vozes, Raudive foi o primeiro a tornar o fenômeno da gravação das vozes dos espíritos ao conhecimento público com a publicação de seu livro. Depois da publicação desse livro, as vozes gravadas ficaram conhecidas como “As vozes de Raudive”. Entretanto, Colim Smythe e Peter Bander, após conhecerem o trabalho pioneiro de Jürgenson, passaram a usar o termo Electronic Voice Phenomena, “EVP”, na introdução de seu livro Carry on talking. Na introdução escreveram que esta expressão já havia sido usada por Malcolm Hughes em abril de 1973 na revista The Spiritualist Gazette.

Por causa da intensa atividade em seu trabalho de vozes, a cujo estudo se dedicava 24 horas por dia, Raudive começou a ficar frágil fisicamente e esgotado e veio a falecer em 2 de setembro de 1974 com 65 anos

Ainda, muitos pesquisadores colaboraram e muito com suas investigações como por exemplo: Alex Schneider, Theodor Rudolf, H. Heckman, G.W. Meek, P. Jones, Klaus Schreiber, Ken Webster, o casal Harsch-Fischbach, Hans Otto Koening, Germán de Argumosa, Sonia Rinaldi, dentre outros.




O 1º Registro de Voz Eletrônica


Waldemar Bogoras, autor do primeiro
registro de voz eletrônica em 1901.
Vimos que demorou várias e várias décadas até que o fenômeno das vozes eletrônicas serem de amplo conhecimento das pessoas. Mas você sabia que o primeiro registro de voz eletrônica foi feito em 1901?

O etnólogo norte-americano Waldemar Bogoras viajou para a Sibéria para visitar um xamã da tribo Chukchi. Em uma sala escura, ele observou um ritual de conjuração de espíritos.

O xamã batia em um tambor cada vez mais rapidamente, entrando em estado de transe. Surpreso, Bogoras ouviu vozes estranhas preenchendo a sala. As vozes pareciam vir de todos os cantos e falavam inglês e russo. Após a sessão, Bogoras escreveu:

"Montei meu equipamento para poder gravar. O xamã estava sentado no canto mais distante da sala, a aproximadamente 6 metros de mim. Quando a luz foi apagada, os espíritos apareceram e após algumas 'hesitações', seguindo os desejos do xamã, falaram ao fonógrafo."

A gravação mostrou uma clara diferença entre a voz baixa do xamã, audível ao fundo, e as vozes espirituais que pareciam estar localizadas diretamente no bocal de gravação do fonógrafo. O tempo todo, as batidas incessantes do xamã podem ser ouvidas, como que provando que ele permaneceu no mesmo local.

Esta foi a primeira gravação conhecida do Fenômeno da voz eletrônica (FVE), em que vozes de ditos espíritos conjurados foram capturadas em um dispositivo de gravação elétrico, no caso, um fonógrafo.

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O Pioneirismo do Brasil

O Brasil também faz parte da história da TCI e talvez tenha sido o berço do primeiro transcomunicador do mundo. Pelo que se pode interpretar dos textos relacionados à biografia do padre Landell de Moura, também um notável inventor contemporâneo de Edson e Tesla, ele se comunicava “com alguém” por intermédio de um aparelho, embora não se saiba bem com quem o padre falava. O que se sabe é que o religioso mantinha uma caixinha no bolso da batina e que teria chegado mesmo a interromper missas para falar com, ou por meio, da tal caixa — segundo seu coroinha, se ouviam vozes falando em italiano vindas do tal aparelho. Como isso aconteceu antes da invenção do rádio, é de se perguntar que vozes eram aquelas? Landell de Moura não era exatamente um padre tradicional e construiu para si a reputação de bruxo, chegando a ter seu laboratório incendiado pelos fiéis.


"Vozes do Além pelo Telephone" de 1925.
Já em 1909, no Brasil, o português naturalizado brasileiro, patenteou o "Telégrafo Vocativo Cambraia", que propunha um sistema de comunicação a distância, fazendo uso "das almas e espíritos que vagam pela estratosfera". Segundo fonte, "Na descrição registrada no Arquivo Nacional do Rio de Janeiro, Cambraia diz que o aparelho 'destina-se à transmissão de correspondência universal, sendo feito com espíritos iluminados.  Serve para obter da falange de espíritos a correspondência para o engrandecimento moral e espiritual do Planeta Terra.'". Porém, apesar de existir o registro dessa invenção, não existem mais dados sobre quem era esse excêntrico homem, nem sobre a eficácia de sua suposta invenção. Foram encontradas em jornais do Rio de Janeiro, de Recife e de Pernambuco datados do ano de 1909, apenas 3 referências vagas e quase ilegíveis sobre Augusto de Oliveira Cambraia e a menção ao seu suposto invento (obrigado Rusmea pelo achado!). Vide imagens mais abaixo.

O primeiro livro sobre o assunto, ainda sem a moderna denominação FVE, foi "Vozes do Além pelo Telephone (Novo e admirável systema de communicação - Os espíritos fallando pelo telephone)" deOscar D'Argonnel, publicada no Rio de Janeiro em 1925?

E hoje o país é um dos maiores na pesquisa da Transcomunicação Instrumental (TCI), da qual o Fenômeno das Vozes Eletrônicas fazem parte. Destaque aqui para as pesquisas da IPATI (Instituto de Pesquisas Avançadas em Transcomunicação Instrumental) da pesquisadora mundialmente conhecida Sônia Rinaldi.




Hipóteses que Tentam Explicar o Fenômeno

Existem quase tantas como investigadores, ainda que há algumas mais aceitas que outras:

- Vozes dos mortos: É a hipótese mais difundida, principalmente entre o público de modo geral. Seu ponto fraco é se basear em crenças de caráter espiritual, com muitos céticos e negacionistas. Enquanto que, segundo os que acreditam, é "mais uma prova da sobrevivência da alma e da existência de uma dimensão de espíritos"..
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- Hábito e tradução: Alguns sugerem que o reconhecimento de frases e palavras em FVEs é uma habilidade que se treina, semelhante a aprender uma nova língua. É preciso considerar que o pesquisador se habitua aos sons dessas gravações. Em ocasiões, somente com uma legenda ou explicação, nós que não estamos acostumados, entendemos o proposto ou somos induzidos a achar que entendemos. Em outras palavras, o pesquisador se acostuma, se tornando capaz de "traduzir" o que para nós leigos soa apenas como chiados.

- Erros de captura: - são anomalias criadas pelo próprio método utilizado para capturar sinais de áudio, como ruído gerado pela super amplificação de um sinal no ponto de gravação. Artefatos criados durante tentativas de aumentar a clareza de uma gravação existente podem explicar alguns fenômenos de voz eletrônica. Os métodos incluem re-amostragem (resampling), isolamento de frequência e redução ou aprimoramento de ruído, que podem fazer com que as gravações adquiram qualidades significativamente diferentes daquelas que estavam presentes na gravação original. Ou seja, em ocasiões, a tentativa de purificar e amplificar o som da gravação, poderia gerar anomalias sonoras passíveis de serem confundidas com FVEs.

No caso de reutilização de fitas magnéticas por exemplo, por vezes se obtinha gravações mal alinhadas originárias do apagamento incompleto de gravações de áudio anteriores da fita. Nesses casos, uma pequena porcentagem do conteúdo anterior poderia se sobrepor ou se misturar com uma nova gravação.

- Interferências radioelétricas: Explicam os FVEs, ou ao menos algumas delas, como resultado de interferências radioelétricas com o aparelho gravador. Já foram obtidos FVEs utilizando aparelhos gravadores instalados dentro de gaiolas de Faraday, que anulam em grande parte as interferências radioelétricas, mas não totalmente.

Tradicionalmente usam esse argumento para eliminar a possibilidade de que as interferências radioelétricas sejam a origem de alguns FVEs, ainda que na prática as gaiolas de Faraday não sejam uma blindagem perfeita contra as interferências e o argumento enfraquece.

Ainda que seja impossível provar que todos os FVEs são devidos a fenômenos naturais, os céticos sustentam que provavelmente são devidos a fatores como interferência de um rádio amador de caminhoneiro nas proximidades

Devido a todas as vozes transmitidas atualmente por telefones celulares, rádios AM e FM, TVs, monitores de bebês, walkie talkies, transmissores de ondas curtas, etc., não é estranho que vozes inesperadas sejam ouvidas de vez em quando em nossos equipamentos eletrônicos.

- Modulação cruzada: é um parâmetro usado para receptores de rádio em que sinais fortes com um componente modulado em amplitude são usados. Modulação em amplitude e amplitude em quadratura são dois exemplos. Verifica-se que o sinal forte pode fazer com que seções do receptor se tornem não lineares e, dessa maneira, a amplitude variável transfere-se para outros sinais. Em outras palavras, a modulação cruzada é a transferência de modulação de um sinal, tipicamente muito mais forte, para outro sinal, tipicamente mais fraco, morrendo por não linearidades na cadeia receptora.

- Fraude: Em um tema com a consequente falta de controle e pela não aplicação do método científico, não pode ser descartada a possibilidade de fraude em alguns casos.

- Vozes no ar e ecos do passado: Outras explicações dadas ao fenômeno é a possibilidade remota de que todas as ondas que emitimos se armazenem no ar, fiquem presas ou ricocheteando no espaço, e assim, quando um pesquisador grava, capta essas ondas que ficam registradas no dispositivo de gravação.

- Duto ionosférico: é um termo usado para descrever como fragmentos de transmissões de rádio ou comunicações por walkie-talkie podem viajar milhares de quilômetros ao ocorrer em camadas eletrônicas da ionosfera que criam pequenos "dutos" que permitem as ondas de rádio percorrem grandes distâncias.

As evidências observacionais para a propagação a longo alcance de sinais de rádio de alta frequência começaram a se acumular em 1926, quando foram estabelecidos links de comunicação transatlânticos. Em 1927, foram detectados sinais que se propagaram por grandes distâncias ou circularam a Terra com pouca atenuação.

Segundo Jurgen Graff, ex-engenheiro da Telefunken , "uma comunicação de um motorista de táxi em Nova York poderia ser monitorada repentinamente por alguns minutos na Europa. Depois de alguns minutos, os dutos colapsam e o fenômeno desaparece". (Mari Roach, p. 188).

É provável que algumas das gravações apresentadas como evidência de espíritos se comunicando após a morte, sejam devidas a dutos ionosféricos.

- Dimensões paralelas: desde quando se acredite... Não só poderiam ser sons produzidos por entes falecidos, mas também por "formas pensamento", como tulpas ou egrégoras, forças espirituais criadas a partir da soma de forças mentais coletivas fruto da congregação de duas ou mais pessoas, que atuariam como entidades com certa inteligência sem chegar a ter consciência.

- Habitantes de outros planetas (extraterrestres): Equiparável ao item anterior... É uma das teorias menos propagadas por motivos óbvios, mas algumas pessoas acreditam nessa explicação.

- Atuação da mente do pesquisador ou psicocinese: É outra das hipóteses mais difundidas. Se trataria de uma emanação mental a nível consciente ou inconsciente por parte dos pesquisadores e que atuaria sobre a matéria (gravador, microfone...). No entanto, não há uma especificação de que tipo de emanação se trata, nem a descrição do mecanismo exato pelo qual ficariam gravados os sons. Etimologicamente, é nesse sentido que alude o termo "psicofonia" composta das palavras "psico" (mente) e "fonia" (som).

- Meteoros esporádicos e chuvas de meteoros: Para todas as transmissões de rádio acima de 30 MHz (que não são refletidas pela ionosfera), existe a possibilidade do sinal de rádio ser refletido por meteoros.

Os meteoros deixam um rastro de partículas e elétrons ionizados à medida que passam pela atmosfera superior, que refletem ondas de rádio que normalmente fluem para o espaço. Essas ondas refletidas são de transmissores que estão abaixo do horizonte da reflexão meteorológica recebida.

Na Europa, isso significa que a breve onda dispersada pode transmitir uma voz estrangeira que pode interferir nos receptores de rádio. As ondas de rádio refletidas no meteoro duram entre 0,05 e 1 segundo, dependendo do tamanho do meteoro.

- Ventriloquismo inconsciente: Se trata de uma das primeiras teorias explicativas ao suposto fenômeno. A teoria em questão afirma que as vozes seriam dos próprios pesquisadores que involuntariamente movem as cordas vocais e a laringe, produzindo sons imperceptíveis entre os presentes mas que são registrados no aparelho gravador. É uma possibilidade que ficou menos popular com o decorrer dos anos.

- Apofenia: a percepção de conexões, significados e padrões onde, na verdade, só existe caos. Aqui, o de som em "baixa resolução" de um piano que nos soa como se fossem frases:

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AssombradOs, este artigo é apenas um resumo que visa nos familiarizar com o fenômeno da voz eletrônica, que este sim, é incontestável (o fenômeno existe, a sua origem é que é fonte de debates) e não convencer os leitores da veracidade de seu conteúdo ou absolutamente negar suas possibilidades, sejam quais forem.

Sobre a Transcomunicação Instrumental (TCI), que engloba o fenômenos da voz eletrônica, será tema para um próximo artigo.

Fique agora com um vídeo com minha esposa contando diversos relatos de pessoas que enviaram mensagens do além:


http://www.assombrado.com.br/2020/04/vozes-do-alem-o-fenomeno-da-voz.html?m=1
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Relatos e Experiências / Relato do Facebook
« Última mensagem por Lucas em 22 de Setembro de 2020, 08:49 »
Um dia, me deu uma forte vontade de jogar pokémon Red, meu primo disse que tinha um cartucho original para Gameboy, pedi emprestado já que eu estava morrendo de vontade de jogar...

O jogo começou normalmente, coloquei meu nome como Ash, quando chegou a hora de escolher o pokémon inicial, só tinha o Charmander. Estranhei, mas continuei.

O jogo prosseguiu normalmente, mas, os pokemarts e os pokecenters estavam trancados, eu não conseguia entrar.

Quando meu Charmander desmaiou apareceu a seguinte frase: "Ele morreu, só há um jeito........." fiquei assustado, desliguei o Gameboy e fui dormir, no dia seguinte, liguei o Gameboy para ver como a história se desenrolava.

Eu fui teleportado para a Lavender Tower, lá havia escadas e lápides, fui subindo, nada acontecia. Quando cheguei no 13° andar, começou uma batalha, era o meu Charmander, transparente, igual a um fantasma, eu só tinha a opção de correr ou jogar uma única pokébola, escolhi a pokébola, então apareceu a seguinte frase: "Ele é meu agora, nada pode me deter! Muahahaha!!!" Só sobrou a opção de correr, a apertei, meu maior erro...

"Charmander usou Ember"   "Ash desmaiou"

A seguir apareceu uma tela preta com várias imagens de pokémons mortos, meu personagem e seu pokémon, a mãe de Ash chorando, Prof. Oak limpando as lágrimas, e... o famoso barulho de quando o coração de alguém para....

"Piiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii"

Após isso, ouvi vários gritos, e sussurros, a maioria dizendo: "Porquê? Porquê? PORQUÊ?!". Logo assim apareceu a mãe de Ash, Gary e Prof. Oak, olhando para uma foto, quando a câmera focou na foto, foi possível ver Ash com marcas de queimado, em uma maca, com várias enfermeiras em volta. Eu estava pasmo, não conseguia nem me mexer de tanto medo, minhas mãos estavam tremendo..."

Então chegou uma enfermeira, que logo disse: "Ele era um bom menino, ele tentava falar, esses dois anos que ele passou aqui, ele sempre falou sobre criaturas que viviam com ele, sobre o Prof.Oak e sobre você.." Logo
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